Deixo aqui as minhas breves (ou
talvez nem tanto) e sinceras (essas sim, elevadas ao expoente 10) considerações
sobre o Normcore, depois de ler a entrevista brilhante de Alexa Chung para o
FFW. Para ler também clique aqui.
Se você não tiver o mínimo de
acesso aos melhores (desculpe, mas nesse caso, nem precisam ser os melhores)
informativos de moda, você com certeza deve ter se pego perguntando “Ora, bolas! Que raio é esse agora?”.
Mas nada de pensar, que você não pode mais se juntar à rodinha dos trendsetters
de plantão para um papo sobre.
A expressão é nova até mesmo no
vocabulário deles. E eu resumo pra você a dita cuja em apenas um dissilábico
NOR-MAL. Boring, né? Eu também acho, mas há quem goste. Acredite. E se a minha
definição ainda não foi suficiente pra você, essa do blog Mundices e Modices é uma
das melhores pra mim.
“Trata-se de um novo estilo de se vestir, uma nova tendência
da moda, ou diria até anti tendência, que nada mais é do que se produzir
“normal”, sim normalmente, sem exageros, sem grandes estampas, ou ousadias,
simplesmente se vestir!”
E então você mais uma vez se pega
pensando “A tendência então é ser
normal?”. E eu te respondo com um “Se
você estiver usando jeans, camiseta e sandálias do tipo rasteira, com certeza
você será a mais hype do grupo.”.
Eu não sei de onde veio ou para
onde vai. Posso jurar que tenha algo haver com aquele tal de minimalismo, do
qual eu também nunca fui muito fã. Ou que a moda talvez só esteja passando por
aquela fase que todo adolescente passa. Crise existencial. “Mas a moda não é meio velha pra isso?” Todos nós sabemos que pra
crise de identidade, não tem idade. E pra moda, bem, pra ela eu acho que pode
ser mais complicado já que uma cartela de Rivotril ou o pote de sorvete mais
próximo podem não ser as soluções mais eficazes.
Eu até entendo que você não
queira ir ao supermercado 24h às 3h da manhã todo montado. É compreensível que
às vezes você pegue bode de todas as tendências ditas pela última Vogue como o must have daquela estação. E então
precise de um verdadeiro detox fashion.
Mas moda é instrumento cultural.
Serve pra contar história. E muitas vezes apenas pra externar o seu humor
daquele dia. Moda é pra se divertir. Não é pra ser levada a sério demais. Nós
temos problemas mais graves, pode apostar. É pra ousar e porque não se
arriscar. E tendências estas vão e vem. E por mais vezes que a mesma volte,
bem, ela nunca volta da mesma forma.
Então, amigo. Respeito o seu
direito de querer se vestir da forma mais confortável possível. Mas se for pra
sair de casa e ver todo mundo igual, ou na pior das hipóteses dar de cara com
pessoas usando jeans e camiseta (isto também serve para as mais podrinhas) em
lugares onde o dresscode exija mais de você, bem, eu prefiro ficar no meu sofá
mesmo, usando pijamas. Quer mais normcore? Porque afinal, se não for pra
causar, eu nem vou!
Fotos: Reprodução
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